UM NOVO OLHAR PARA O ATUAR DO ADVOGADO
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GREYCE CAROLINE SUENDRECKI DOS SANTOS JACOMASSI

Especialista em Direito Aplicado pela Escola da Magistratura do Estado do Paraná
Especialista em Desenvolvimento Gerencial pelo Centro Universitário FAE Business School
Bacharel em Direito pelo Centro Universitário Curitiba - UNICURITIBA
Inscrita na OAB/PR sob nº 61.763
Membro da Comissão da Advocacia Colaborativa da OAB-PR, gestão 2019/2021
Professora de Instituições de Direito Público e Privado no Curso de Ciências Contábeis da Faculdade Doutor Leocádio José Correia
Proficiente em inglês
Sócia de Pereira Gionédis Advogados em Curitiba
Participante do 7º Congresso das Melhores Práticas na Gestão de Departamentos Jurídicos pela INTELIJUR (2023)

Publicações:
- Autora dso capítulos A Família Contemporânea - O Poder Familiar - Alienação Parental - Responsabilidade Civil e as Ações de Família in O Direito da Família Contemporânea, sob a coordenação de Louise Rainer Pereira Gionédis e Maria Amélia Cassiana Mastrorosa Vianna (Editora Instituto Memória - 2019)
Em tempos de advocacia 4.0 e 5.0, pensa-se muito na mudança do papel do advogado perante seus clientes e quando integrante de organizações. Na realidade, entendo que o papel do advogado se ampliou.

Seremos sempre essenciais à administração da justiça, atores fundamentais da máquina que movimenta os processos judiciais, balizadores da democracia e defensores da ordem jurídica vigente.

Entretanto, para além desses pontos, precisamos hoje, mais do que nunca, olhar para a tecnologia que automatiza os procedimentos e fluxos internos (4.0) e escutar ativamente as pessoas (5.0).

O atuar do advogado hoje não pode se limitar ao exercício da advocacia combativa, cujo foco é o litígio. É preciso olhar além.

Há horizonte para além do litígio, além do processo judicial, além do discurso inflamado na sustentação oral. Tudo isso ainda é muito importante e é integrante do exercício profissional, porém, para a maior parte dos clientes, essas atividades não equivalem aos seus objetivos.

É preciso conhecer o cliente, o escopo dele, entender como o desenvolvimento daquela atividade gera receita para aquela empresa, receita essa que mantém dezenas, centenas e, por vezes, milhares de pessoas empregadas, pensar em como reduzir seus custos, mitigar seus riscos e gerar lucro para seus sócios/acionistas.

É nesse contexto que nós, integrantes dos departamentos jurídicos e dos escritórios de advocacia, podemos auxiliá-los.

Ao tempo em que automatizamos processos e procedimentos e colocamos o foco no atendimento das necessidades humanas, percebemos que mais do que apontar os problemas dos nossos clientes, precisamos ajudá-los a desenvolver as soluções para a maximização da renda gerada pela atividade primária, visando atender os objetivos daquela pequena/média empresa ou multinacional.

É possível que se descubra que para alcançar esse novo objetivo, o profissional do Direito precisará sugerir em determinadas situações outras formas de soluções, soluções essas que muitas vezes passarão pela negociação, pelos acordos extrajudiciais e, até mesmo, outros meios de soluções de conflitos.

Entender que advogar é resolver os problemas dos clientes mais do que litigar pode ser a grande forma de administrar a justiça nos tempos em que vivemos.

A proposta é mais simples do que parece: que tal sair do rol de despesas dos clientes para ingressar no seleto grupo de profissionais que agrega valor ao que está sendo ofertado ao mercado a título de produto ou serviço?